Barbaridades de derrocadas e pecados
Março 17, 2010 at 4:00 pm Deixe um comentário
Atendendo à realidade descrita aqui (link 1) – sendo apenas Lisboa e Porto – sabemos que ao avaliar todo o país a realidade seria ainda mais grave, faz todo o sentido começarem a pensar em estratégias de rejuvenescimento dos centros urbanos. Ora não faz sentido o coração de qualquer cidade ficar ao abandono e sem cuidados paliativos. Mas mais do que paliar importa revitalizar. É nos centros históricos que reside a alma de qualquer cidade logo, se a deixarmos morrer, a própria cidade morrerá. A sua história, a sua cultura, o seu turismo, as suas etnografias, tudo de vai desvanecer! Temos esta mania de deixar aos deus dará mas deus não vai dar nada. Um programa de reabilitação urbana e de centro históricos seria tão ou mais vantajoso que os projectos do TGV, do novo aeroporto – terceira travessia incluída – e demais auto-estradas. Isto porque reabilitar centros históricos e centros urbanos das cidades significa maior empregabilidade, desenvolvimento de economia, exponencial crescimento turístico, entre outros. Tudo isto é óptimo e, ainda, melhor atendendo a que serão consequências de uma inevitabilidade – seja a curto-prazo ou a longo-prazo – ou? Ou vamos continuar a deixar ao deus dará?
Não me parece ser uma atitude inteligente. Que o diga Helena Roseta – diz que Lisboa está em perigo de derrocada (link 2) – mas sr.ª vereadora não é só Lisboa é o país inteiro, ok? Talvez seja bom avisar o seu presidente que antes de tapar buracos nas estradas devia pensar tapar buracos nos edifícios acima da sua cabeça!
O Bloco de Esquerda propunha um programa de reabilitação urbana mas o Partido Socialista não deu ouvidos. Infelizmente claro, esperemos alternativas. É que o PEC pode apertar o cinto mas importa haver condições para um dia podermos voltar a engordar. Aí o PEC peca!
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